Síndrome de Treacher Collins
A síndrome de Treacher Collins (também conhecida como disostose mandibulofacial ou Síndrome Franceschetti-Zwahlen-Klein) é uma doença genética caracterizada por deformidades crânio-faciais. É uma mal formação congênita que envolve o primeiro e segundo arcos branquiais. É uma doença rara, com uma incidência de 1:40000 a 1:70000 nascidos vivos.
É uma doença rara caracterizada por mal formações na cabeça e no rosto deixando o indivíduo com os olhos caídos e um maxilar descentralizado. Ela é uma doença genética e os pais tem 50% de chance de ter um filho com a mesma doença.
Genética da Doença:
A síndrome de Treacher Collins é um distúrbio do desenvolvimento
craniofacial de herança autossômica dominante. Cerca de 60% das pessoas
afetadas são decorrentes de mutações novas, isto é, seus pais não são
afetados. Uma pessoa afetada têm 50% de probabilidade de transmitir a
mutação e assim ter uma criança também afetada.
A síndrome de Treacher Collins é causada por mutações no gene TCOF1
(cromossomo 5), que tem 26 éxons e codifica uma proteína chamada
treacle. Esta tem funções importantes na manutenção das células
derivadas da crista neural (células que vão formar os ossos do ouvido,
face e também as orelhas) durante as primeiras semanas de
desenvolvimento do embrião. As mutações patogênicas em geral são
específicas para cada paciente e estão localizadas ao longo do gene, ou
seja não há ponto quente de ocorrência destas mutações.
O teste genético para a detecção de mutações no gene TCOF1 pode
confirmar o diagnóstico clínico e é particularmente importante em casos
com quadro clínico leve, casos em que há dúvidas no diagnóstico e quando
há apenas um indivíduo afetado na família.
Quadro Clínico:
A síndrome de Treacher Collins é caracterizada por achatamento dos ossos
malares da face (hipoplasia malar), queixo pequeno (micrognatia),
orelhas pequenas, mal-formadas ou ausentes, surdez total ou parcial,
defeitos nas pálpebras inferiores (coloboma), olhos com os cantos
externos “caídos” para baixo e palato estreito ou fissurado.
Existe uma grande variabilidade nos sinais clínicos, mesmo entre pessoas
da mesma família. Existem casos tão leves que podem passar
despercebidos ao diagnóstico, e até casos graves, com surdez profunda e
que necessitam de diversas cirurgias corretivas.
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