Conclusão:
Neste trabalho, foi desenvolvido todos os temas abordados pela professora, com o Intuito de ensinar, e fazer com que aprendamos mais sobre tais doenças, síndromes, e etc... fazendo com que nos aprofundemos mais sobre asssusntos que muita das vezes nem conhecíamos, doenças que pode acontecer com qualquer pessoa, por isso é tão necessário adquirirmos esse conhecimento a mais, aprofundei mais meu conhecimento em relação à parte cromossômica, genética, estrutural do corpo,tendo como objetivo transmitir informações extras e um pouco mais
interativas sobre os assuntos abordados em sala de aula neste ano. Assim
teremos informações complementares e indispensáveis para os nossos
estudos.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
CLONAGEM DE ORGANISMOS
CLONAGEM DE ORGANISMOS
A clonagem de organismos multicelulares pode ser realizada de duas maneiras .Interferindo-se em processos naturais de reprodução.Trabalhando-se a partir de células somáticas que normalmente não atuam nos mecanismos reprodutivos.
CLONAGEM A PARTIR DE MECANISMOS NORMAIS DE REPRODUÇÃO
No caso de plantas, o procedimento mais utilizado é a reprodução de indivíduos idênticos por reprodução assexuada.
No
caso de animais, como por exemplo, os mamíferos estimulam-se em
laboratório o surgimento de gêmeos monozigóticos. Para isso,
selecionam-se os animais que apresentam características desejadas,
faz-se a coleta de sêmen e ovócitos e promove-se a fecundação no próprio
laboratório.Assim
que o zigoto se forma e que as primeiras divisões celulares se iniciam,
as células originadas são separadas artificialmente e implantadas em
fêmeas (mães de aluguel), onde de completa o desenvolvimento
embrionário.
CLONAGEM A PARTIR DE CÉLULAS SOMATICAS
Um exemplo muito conhecido e divulgado de clonagem a partir de células somáticas é o caso da ovelha Dolly (foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta.)
Seu corpo empalhado está exposto no Royal Museum of Scotland, em Edinburgo
Nesse caso, uma célula receptora, o ovócito retirado do ovário de uma ovelha da raça blackface teve
seu material genético removido com auxilio de uma micropipeta. Uma
célula (2n) retirada da glândula mamaria de uma ovelha adulta da raça finn dorset foi mantida em condições que a tornaram pouco ativa. Essa célula foi fundida ao ovócito desprovido de material genético nuclear.
O ovócito, agora com o núcleo 2n recebido da célula somática, foi estimulado a iniciar o desenvolvimento embrionário.
Organismos trangênicos
Organismos trangênicos
Os alimentos transgênicos são aqueles
modificados geneticamente, através do uso de técnicas modernas de
engenharia genética, adquirindo características de outros organismos,
assim apresentando modificações que seriam impossíveis serem obtidas com
técnicas de cruzamento tradicionais, como uma planta com gene de
vaga-lume ou uma bactéria produtora de insulina humana.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre o
processo da transgenia, se é possível mesmo realizar uma experiência
que parece absurda, coisa de filme de ficção, mas as experiências com
alimentos transgênicos iniciaram na década de 70, quando através da
manipulação direta do DNA, foi obtido o primeiro organismo transgênico,
uma batécria com um gene de resistência a antibiótico de outra bactéria.
Há várias técnicas para se obter um ser
transgênico, cada experimento é baseado nas características do gene que
se quer inserir, sua localização e outros aspectos mais minuciosos.
Um exemplo de como essas técnicas estão cada vez mais presentes na
nossa realidade, é que hoje podemos comprar de empresas especializadas,
pequenas estruturas de DNA que são usadas como transportadores de
genes, chamadas plasmídios, que são construídos com genes de quatro ou
cinco organismos diferentes e mais um pedaço sintetizado em laboratório.
ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Engenharia Genética : ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Engenharia genética e modificação genética são termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do ADN num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. O objetivo é de introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.
Exemplos são a produção de insulina humana através do uso modificado de bactérias e da produção de novos tipos de ratos como o OncoMouse (rato cancro) para pesquisa, através de re-estruturamento genético. Já que uma proteína é codificada por um segmento específico de ADN chamado gene, versões futuras podem ser modificadas mudando o ADN de um gene. Uma maneira de o fazer é isolando o pedaço de ADN contendo o gene, cortando-o com precisão, e reintroduzindo o gene em um segmento de ADN diferente.
A engenharia genética oferece a partir do estudo e manuseio bio-molecular (também chamado de processo biológico e molecular), a obtenção de materiais orgânicos sintéticos. Os processos de indução da modificação genética permitiram que a estrutura de seqüências de bases completas de DNA fossem decifradas, portanto facilitando a clonagem de genes.
A clonagem de genes é uma técnica que está sendo largamente utilizada em microbiologia celular na identificação e na cópia de um determinado gene no interior de um organismo simples empregado como receptor, uma bactéria, por exemplo. Este processo é muito importante na síntese de alguns sub-produtos utilizados para o tratamento de diversas enfermidades.
Quais são os organismos geneticamente modificados (OGM's)?
Os
organismos geneticamente modificados (OGM) consistem em organismos cujo
material genético foi alterado, inserindo um novo gene (porção de DNA)
ou alterando os genes existentes, de modo a que seja expressa uma nova
enzima ou proteína que irá conferir ao organismo novas características
mais proveitosas para o Homem.
O
termo geneticamente modificado tem sido utilizado para descrever a
aplicação da tecnologia do DNA recombinante para a alteração genética de
animais, plantas e microorganismos.
A
fim de poderem ser comercializados, os OGM devem ser, numa primeira
fase, submetidos a um processo de avaliação muito rigoroso e, em
seguida, rotulados, respeitando as normas em matéria de rotulagem e de
rastreabilidade dos produtos.
Exemplos de produtos oriundos das técnicas de engenharia genética
- A insulina.
- Os interferonas.
- A interleucina.
- Algumas proteínas do sangue:
- A albumina.
- O fator VIII.
- Alguns tipos de ativadores das defesas orgânicas para o tratamento do cêncer, como o fator necrosante de tumores.
- A criação de vacinas sintéticas contra a pneumonia, meningite e hepatite B.
- A criação e desenvolvimento de biotecnologias para a pesquisa segura de susbstâncias cuja manipulação envolve alto risco biológico:
- Vacinas que se preparam com vírus infecciosos, onde pode existir o risco de vazamento incontrolado.
O DNA recombinante
O DNA recombinante
O DNA recombinante : A
Engenharia Genética criou o DNA recombinante, que nada mais é que uma
seqüência de DNAs que estão combinados, mas que são de origens
diferentes.
enzimas de restrição
ENGENHARIA
GENÉTICA:
Enzima de restrição
As enzimas de restrição ou endonucleases de restrição como também são conhecidas, são enzimas que cortam a molécula de DNA através do reconhecimento de seqüências nucleotídicas específicas.
Modo de funcionamento
As endonucleases de restrição são enzimas bacterianas que atuam como "tesouras moleculares", reconhecendo seqüências de pares de bases específicas em moléculas de DNA e cortando-as nesses pontos. Elas são altamente específicas: cada tipo de enzima reconhece e corta apenas uma determinada seqüência de nucleotídeo, em geral constituída por 4 ou 6 pares de bases nitrogenadas.Estas enzimas funcionam nas células bacterianas como parte de um mecanismo de protecção ao ataque de bacterias chamado sistema de restrição modificação Uma molécula de DNA viral que continha sítios para uma endonuclease bacteriana, ao ser injetada na bactéria, é prontamente cortada nesses pontos e deixa de funcionar. O DNA da própria célula bacteriana é protegido por metilação. Hoje são conhecidas centenas dessas enzimas, que são purificadas e comercializadas por diversos laboratórios no mundo.
Além de evidenciar a existência de um novo sistema de defesa bacteriana e da complexa interação entre bactéria e vírus parasitas, a descoberta das enzimas de restrição permitiu grandes avanços na genética molecular . Por isso, os três pesquisadores responsáveis pela elucidação do mecanismo de ação das endonucleases de restrição, o suíço Werner Arber (n. 1931) e os norte-americanos Daniel Nathans (1928-1999) e Hamilton Smith (n.1931), receberam o Prêmio Nobel em Medicina ou Fisiologia em 1978.
Moléculas idênticas de DNA tratadas com determinada endonuclease de restrição são cortadas nos mesmos pontos, originando fragmento de tamanho idênticos. Por exemplo, no primeiro estudo com endonuclease de restrição, realizado em 1971, o virologista Daniel Nathans e uma de suas estudantes, Kathleen Danna, trataram DNA do vírus SV40 com a enzima Hind II e obtiveram 11 tipos de fragmentos, que diferiam em tamanho. Como o DNA desse vírus é uma molécula circular, conclui-se que ela foi cortada em 11 locais; o tamanho de cada fragmento correspondia à distância entre dois sítios de corte adjacentes.
Uma endonuclease de restrição é como uma ferramenta que permite cortar moléculas de DNA de forma controlada e reprodutível. Diversos pesquisadores passaram a utilizar a nova técnica para mapear o genoma de outros vírus, depois de bactérias e de outros organismos, lançando as bases para a Engenharia genética e, em seguida para o Projeto Genoma Humano.
Tipos de enzimas de restrição
Existem três tipos de enzimas de restrição: I, II ou III. A maioria das enzimas utilizadas hoje em dia são do tipo II, que têm o modo de acção mais simples. Estas enzimas são nucleases, e como cortam numa posição interna da cadeia de DNA, ao invés de iniciar a sua degradação a partir de uma das pontas, são chamadas endonucleases. Assim, a designação mais correcta destas enzimas é endonucleases de restrição do tipo II, embora muitas vezes sejam simplesmente designadas como enzimas de restrição.MELHORAMENTO GENÉTICO- endogamia
MELHORAMENTO GENÉTICO- endogamia
O parentesco no melhoramento genético, por definição, é a existência de laço genético entre indivíduos. Indivíduos aparentados têm maiores semelhanças entre si, em comparação ao resto da população e isso ocorre por compartilharem mais genes parecidos entre si do que o resto dos indivíduos. Esses genes em questão foram herdados de seus pais, metade dos genes herdados do pai e a outra metade da mãe o que explica porque animais aparentados são parecidos e demonstram comportamentos semelha [...]
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Síndrome do Triplo X
Síndrome do Triplo X
Ocorre com as mulheres e é conhecida também como Síndrome da super-fêmea. Elas não apresentam nenhuma deformação: possuem características físicas normais.
Características da Síndrome do Triplo X
- Não existem sintomas para essa doença em sua aparência física - são normais;
- Algumas mulheres podem ter diferentes níveis de retardo mental;
- Não são todas, mas elas podem ser estéreis.
Tratamentos da Síndrome do Triplo X
Não existe tratamento já que os resultados da doença genética são irreversíveis, como retardo mental e infertilidade.
Ocorre com as mulheres e é conhecida também como Síndrome da super-fêmea. Elas não apresentam nenhuma deformação: possuem características físicas normais.
Algumas mulheres nunca são diagnosticadas, mas uma parte das que apresentam infertilidade são portadoras da síndrome e outras apresentam algum nível de retardo mental.
Características da Síndrome do Triplo X
- Não existem sintomas para essa doença em sua aparência física - são normais;
- Algumas mulheres podem ter diferentes níveis de retardo mental;
- Não são todas, mas elas podem ser estéreis.
Sintomas e modificações:
Algumas pacientes podem ter convulsões epilépticas. Num lar para
pacientes epilépticos, 2 de 209 pacientes tinham o cariótipo XXX. Não se
pode determinar definitivamente o quanto o cariótipo XXX aumenta a
propensão a psicoses, mas alguns autores avaliam a taxa de psicoses tipo
esquizofrenia como sendo aumentada três vezes.
Os estudos de acompanhamento mostraram que as mulheres XXX sofrem as
alterações da puberdade numa idade apropriada, mas há relatos de
puberdade precoce em certas pacientes. Algumas deram à luz crianças, e
estas são praticamente todas cromossomicamente normais. Há défice
significativo do desempenho em testes de QI, e cerca de 70% dos
pacientes têm problemas de aprendizagem graves.
As mulheres portadoras dessa
síndrome apresentam um cromossoma X a mais, apresentando um cariótipo
com 47 cromossomas: 47 XX X. Quase todos os erros relacionados à essa
síndrome ocorrem durante a ovulogénese pela não disjunção dos
cromossomas. Quanto mais cromossomas X a mulher possuir, maior será o
índice de retardo mental que ela possuirá. Também conhecida como
Síndrome de Jacob, a síndrome do triplo X tem como característica não
demonstrar sintomas. As mulheres portadoras podem dar origem a crianças
perfeitamente normais. As crianças que possuem essa doença não
apresentam os sintomas logo após o nascimento, mas podem apresentar
baixo peso. Esta síndrome só ocorre em mulheres, nas quais são
fenotipicamente normais, não apresentando assim, nenhuma diferença na
sua aparência física.
Tratamentos da Síndrome do Triplo X
Não existe tratamento já que os resultados da doença genética são irreversíveis, como retardo mental e infertilidade.
síndrome XYY
Síndrome XYY (Duplo Y)
A
síndrome foi descoberta em 1961 por Sandberg, nos EUA. O portador tinha
44 anos, inteligência não inferior à média, constituição robusta,
nenhuma anomalia física. Casara-se 2 vezes e tinha 6 filhos. Destes, 2
eram anormais; uma filha com síndrome de Down, e outra sem órgãos
sexuais internos. Em 1965 despertou interesse quando foram publicados os
dados referentes a um estudo realizado num manicómio criminal da
Escócia, por Patrícia Jacobs
A
síndrome XYY é uma aneuploidia dos cromossomas sexuais, onde um humano
do sexo masculino recebe um cromossoma Y extra em cada célula, ficando
assim com um cariótipo 47,XYY. A síndrome XYY também é designada como
trissomia XYY, aneuploidia 47,XYY ou síndrome do super-macho.
A
maioria dos homens com XYY são fenotipicamente normais, com um
crescimento ligeiramente acelerado na infância e estatura muito elevada.
Doença
associada a comportamento anti-social, são relatados problemas
comportamentais como distracção, hiperactividade e crises de fúria na
infância e início da adolescência, sendo que o comportamento agressivo
usualmente não é problema e eles aprendem a controlar a raiva à medida
que crescem.
Esta problemática tem uma ocorrência de 1/1.000 nascimentos do sexo masculino.
A
frequência dessa anomalia é de duas ocorrências em cada mil
nascimentos. Verificou-se, porém, que, entre criminosos e doentes
mentais, essa frequência chega a 3%. Muitos pais de crianças
identificadas, antes ou após o nascimento, com XYY, tornam-se
extremamente preocupados com as implicações comportamentais. Alguns
médicos acreditam que a informação deve ser omitida quando a
identificação é feita após o nascimento. A incapacidade de avaliar o
prognóstico em cada caso torna a identificação de um feto XYY um dos
problemas de informação mais sérios enfrentados em programas de
diagnóstico pré-natal. Há ainda o risco de portadores da síndrome de
duplo Y morrer no parto ou sofrer de morte perinatal.
Características:
Apresentam
altura média de 1,80m; Grande número de acne facial durante a
adolescência; Anomalias nas genitálias; Distúrbios motores e na fala;
Taxa de testosterona aumentada, o que pode ser um fator contribuinte
para inclinação antissocial e aumento de agressividade; Imaturidade no
desenvolvimento emocional e menor inteligência verbal, factos que podem
dificultar seu relacionamento interpessoal; Crescimento ligeiramente
acelerado na infância; QI ligeiramente abaixo do normal; Problemas de
aprendizagem e leitura; Volume cerebral reduzido; Dentes grandes;
Glabela saliente; Orelhas mais longas que o normal; Mãos e pés mais
compridos.
Causas:
Acredita-se que
seja a não-disjunção (soltar) paterna na meiose II, produzindo
espermatozóides YY. O cromossoma Y transporta relativamente poucos
genes, por esse motivo essa síndrome não apresenta tantas anomalias
físicas. Essa síndrome também é provocada quando a idade materna é
avançada. Não há factores claramente definidos predispondo à ocorrência
de 47, XYY. No entanto, foi constatado que o tabaco na adolescência está
associado a um aumento na dissomia presente no esperma e uma diminuição
em aspectos específicos da qualidade do sémen. Isso pode afectar a
fertilidade no homem e pode também aumentar a probabilidade de
aneuploidia na prole, predispondo a ocorrência de 47, XYY.
síndrome do X Frágil
Síndrome do X Frágil
A síndrome do X Frágil (também conhecida como síndrome de Martin & Bell) é a 2ª causa herdada mais comum de atraso mental , e é também a causa conhecida mais comum do autismo. É uma doençã genética causada pela mutação do gene FMR1 (Estudos demostram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos neurônios) no cromossomo X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com a síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome à síndrome.
Uma vez que os homens só têm uma cópia do cromossoma X (salvo excepções patológicas), aqueles que têm uma expansão significativa de um trinucleotídeo são sintomáticos, enquanto que as mulheres, tendo herdado dois cromossomas X, dobram assim as hipóteses de um alelo funcionar. As mulheres portadoras de um cromossoma X com um gene FMR1 expandido podem ter alguns sinais e sintomas da doença, ou serem completamente normais.
Para além do atraso mental, outras características proeminentes da síndrome incluem uma face alongada, orelhas grandes ou salientes, testículos de grandes dimensões (macroorquidia), e baixo tónus muscular. Comportamentalmente, podem observar-se movimentos estereotipados e desenvolvimento social atípico, particularmente timidez e contacto ocular limitado. Alguns indivíduos com a síndrome satisfazem os critérios de diagnóstico do autismo.
Não havendo, no momento, cura para esta síndrome, há esperança que um maior compreendimento do gene FMR1 possa fornecer informações para limitar a causa genética. Há pesquisas atualmente para desenvolver uma pílula a fim de aliviar seus sintomas. Hoje-em-dia, a síndrome pode ser tratado com terapia comportamental, educação especial, e, quando necessário, tratamento das anomalias físicas. As pessoas com história familiar de síndrome do X frágil devem procurar aconselhamento genético para determinar a probabilidade de vir a ter filhos afectados, para além da gravidade das limitações que podem afectar os descendentes.
Alguns indivíduos podem apresentar ao longo do desenvolvimento convulsões.
A síndrome do X Frágil (também conhecida como síndrome de Martin & Bell) é a 2ª causa herdada mais comum de atraso mental , e é também a causa conhecida mais comum do autismo. É uma doençã genética causada pela mutação do gene FMR1 (Estudos demostram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos neurônios) no cromossomo X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com a síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome à síndrome.
Uma vez que os homens só têm uma cópia do cromossoma X (salvo excepções patológicas), aqueles que têm uma expansão significativa de um trinucleotídeo são sintomáticos, enquanto que as mulheres, tendo herdado dois cromossomas X, dobram assim as hipóteses de um alelo funcionar. As mulheres portadoras de um cromossoma X com um gene FMR1 expandido podem ter alguns sinais e sintomas da doença, ou serem completamente normais.
Para além do atraso mental, outras características proeminentes da síndrome incluem uma face alongada, orelhas grandes ou salientes, testículos de grandes dimensões (macroorquidia), e baixo tónus muscular. Comportamentalmente, podem observar-se movimentos estereotipados e desenvolvimento social atípico, particularmente timidez e contacto ocular limitado. Alguns indivíduos com a síndrome satisfazem os critérios de diagnóstico do autismo.
Não havendo, no momento, cura para esta síndrome, há esperança que um maior compreendimento do gene FMR1 possa fornecer informações para limitar a causa genética. Há pesquisas atualmente para desenvolver uma pílula a fim de aliviar seus sintomas. Hoje-em-dia, a síndrome pode ser tratado com terapia comportamental, educação especial, e, quando necessário, tratamento das anomalias físicas. As pessoas com história familiar de síndrome do X frágil devem procurar aconselhamento genético para determinar a probabilidade de vir a ter filhos afectados, para além da gravidade das limitações que podem afectar os descendentes.
Alguns indivíduos podem apresentar ao longo do desenvolvimento convulsões.
Síndrome de Rett
Síndrome de Rett
Compromete progressivamente as funções motora e intelectual, e provoca distúrbios de comportamento e dependência. No caso típico, a menina desenvolve de forma aparentemente normal entre 8 a 18 meses de idade, depois começa a mudar seu padrão de desenvolvimento. Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores, a criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar. O crescimento craniano, até então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento, ocorrendo microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular objetos, surgem movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na perda das habilidades manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor.
A ciência, pela primeira vez falou em cura da Síndrome de Rett em novembro de 2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na síndrome (pela comprovada causa genética),foi coordenado por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto, e foi publicado na capa da revista científica Cell.
Clinicamente é caracterizada pela perda progressiva das funções neurológicas e motoras após um período de desenvolvimento aparentemente normal, que vai de 6 a 18 meses de idade. Após esta idade, as habilidades adquiridas (como fala, capacidade de andar e uso intencional das mãos) são perdidas gradativamente e surgem as estereotipias manuais (movimentos repetitivos e involuntários das mãos), que é característica marcante da doença.
Síndrome de Treacher Collins
Síndrome de Treacher Collins
A síndrome de Treacher Collins (também conhecida como disostose mandibulofacial ou Síndrome Franceschetti-Zwahlen-Klein) é uma doença genética caracterizada por deformidades crânio-faciais. É uma mal formação congênita que envolve o primeiro e segundo arcos branquiais. É uma doença rara, com uma incidência de 1:40000 a 1:70000 nascidos vivos.
É uma doença rara caracterizada por mal formações na cabeça e no rosto deixando o indivíduo com os olhos caídos e um maxilar descentralizado. Ela é uma doença genética e os pais tem 50% de chance de ter um filho com a mesma doença.
Genética da Doença:
A síndrome de Treacher Collins é um distúrbio do desenvolvimento
craniofacial de herança autossômica dominante. Cerca de 60% das pessoas
afetadas são decorrentes de mutações novas, isto é, seus pais não são
afetados. Uma pessoa afetada têm 50% de probabilidade de transmitir a
mutação e assim ter uma criança também afetada.
A síndrome de Treacher Collins é causada por mutações no gene TCOF1
(cromossomo 5), que tem 26 éxons e codifica uma proteína chamada
treacle. Esta tem funções importantes na manutenção das células
derivadas da crista neural (células que vão formar os ossos do ouvido,
face e também as orelhas) durante as primeiras semanas de
desenvolvimento do embrião. As mutações patogênicas em geral são
específicas para cada paciente e estão localizadas ao longo do gene, ou
seja não há ponto quente de ocorrência destas mutações.
O teste genético para a detecção de mutações no gene TCOF1 pode
confirmar o diagnóstico clínico e é particularmente importante em casos
com quadro clínico leve, casos em que há dúvidas no diagnóstico e quando
há apenas um indivíduo afetado na família.
Quadro Clínico:
A síndrome de Treacher Collins é caracterizada por achatamento dos ossos
malares da face (hipoplasia malar), queixo pequeno (micrognatia),
orelhas pequenas, mal-formadas ou ausentes, surdez total ou parcial,
defeitos nas pálpebras inferiores (coloboma), olhos com os cantos
externos “caídos” para baixo e palato estreito ou fissurado.
Existe uma grande variabilidade nos sinais clínicos, mesmo entre pessoas
da mesma família. Existem casos tão leves que podem passar
despercebidos ao diagnóstico, e até casos graves, com surdez profunda e
que necessitam de diversas cirurgias corretivas.
Síndrome de Cornélia de Lange
Síndrome de Cornélia de Lange
A Síndrome é caracterizada por retardo do crescimento retardo mental
severo, baixa estatura um choro tipo rosnar baixo, braquicefalia,
orelhas pequenas, pescoço em cadeia, boca de carpa, ponte nasal
diminuída, sobrancelhas atrofiadas se encontrando no meio, hirsutismo e
malformações das mãos. Esta condição pode ocorrer esporadicamente ou
estar associada com um padrão de herança autossômica dominante ou
duplicação do braço longo do cromossomo 3.
Características:
Recém-nascidos pequenos, com baixo peso, apresentam uma microcefalia e
características faciais particulares, que se misturam com os traços
herdados da sua própria família. Têm as sobrancelhas unidas, as pestanas
longas, o nariz pequeno, a cara redonda, os lábios finos e ligeiramente
invertidos.
As mãos e os pés são pequenos, o quinto dedo está geralmente encurvado
e, por vezes, as crianças apresentaram uma membrana interdigital entre o
segundo e o terceiro dedo dos pés. A síndrome caracteriza-se também
pela presença de um atraso de linguagem, deficiência mental, anomalias
cardíacas, intestinais, refluxos gastresofágico, problemas visuais e
auditivos e dificuldades de alimentação.
Diagnóstico:
Só depois do nascimento é que se pode identificar a doença. Não há um
exame pré-natal que permita detectar prematuramente a síndrome e, por
outro lado, mesmo sendo um bebé muito pequeno, ninguém pensa que se
trata de Cornélia de Lange.
Por ser extremamente rara, há pediatras que nunca se cruzam com uma criança com esta patologia.
Tratamento:
A elevada frequência de dificuldades alimentares e de refluxo
gastroesofágico (77%) e a possibilidade de morte por apneia ou por
aspiração impõem a observação e o aconselhamento médico precoces no que
diz respeito aos cuidados na alimentação e às terapêuticas médica ou
cirúrgica necessárias. Quando existem vómitos frequentes e refluxo
gastroesofágico importante, devem realizar-se exames imagiológicos. As
anomalias cardíacas estão presentes em cerca de 13-29% dos doentes pelo
que devem ser avaliadas nos indivíduos com este síndrome, assim como as
anomalias renais. O risco acrescido de otites crónicas e de perda de
audição deve ser tido em conta antecipadamente de forma a poderem ser
tomadas medidas para a melhoria das capacidades de comunicação. Outras
medidas preventivas devem ser realizadas nomeadamente: sumária de urina
para o despiste de infecções urinárias; cuidados de saúde oral adequados
para a detecção e correção de anomalias dentárias; e terapêuticas
ocupacional ou física para minimizar as alterações articulares. Em
crianças em idade escolar, é frequente haver alterações cognitivas
(75-100%) e do comportamento (57%). A avaliação da puberdade é
especialmente importante nos indivíduos do sexo masculino com
hipogonadismo. Pode haver um défice da hormona de crescimento. Os
indivíduos mais velhos devem ser sujeitos a avaliações regulares da
audição e da visão.
Sindrome de Marfan
Sindrome de Marfan
A Sindrome de Marfan, também conhecida como Aracnodactilia, é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos. A doença também afeta outras estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração, o os vasos sanguíneos, mas de maneira menos óbvia. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896.
Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular, entre outras. Muitos dos indivíduos afectados têm alterações das válvulas cardíacas e dilatação da aorta. As complicações cardiovasculares mais importantes em termos de risco de morte são os aneurismas da aorta e as dissecções da aorta. A prevalência é de aproximadamente 1 em 5000 indivíduos.
A válvula mitral encontra-se localizada entre o ventrículo e o átrio esquerdos e sua função é deixar passar adiante o sangue na direção do ventrículo esquerdo e não permitir seu retorno ou refluxo ao átrio.
Na Síndrome de Marfan, a válvula mitral, freqüentemente, se apresenta alterada, espessada, redundante e com prolapso de parte dela para o interior do átrio esquerdo. Este prolapso pode levar a disfunção importante da válvula com vazamento ou refluxo significativos. Estas alterações são avaliadas através do exame clínico e do ecocardiograma e são passiveis de correção cirúrgica. Uma possível complicação do prolapso valvar mitral é a endorcadite, ou seja, a infecção bacteriana da própria válvula mitral, motivo pelo que se recomenda a profilaxia para endocardite através da administração de antibióticos antes de alguns procedimentos médicos como uma extração dentária ou outras cirurgias, daí a importância de um tratamento conjunto com o cirurgião-dentista e o cardiologista.
A prevenção de cárie e doença periodontal torna-se primordial, desde a boa escovação, uso de fio dental, bochechos com flúor e a troca freqüente de escovas. Isso porque as bactérias se alojam na escova, causando risco de infecção gengival e até mesmo endocardite. Embora o portador da Síndrome de Marfan necessite de cuidados especiais, nada impossibilita o tratamento odontológico.
A aorta é rica em fibras elásticas. Estas fibras têm uma distribuição uniforme por toda a circunferência da aorta e está entremeada por grande número de fibras musculares e discreta matriz de sustentação. Uma das complicações da síndrome de Marfan é a dissociação de suas estruturas com separação da sua parede em duas paredes finas, formando um lúmen paralelo com desvio e grande prejuízo da circulação. Isto ocorre em 36% dos casos, independente da dilatação aórtica, pondendo apresentar-se como primeira manifestação da doença, sendo mais frequente na porção inicial da aorta (porção ascendente). A válcula mitral apresenta seus componentes de aspecto alongado e redundante, podendo haver calcificação com endurecimento do anel valvar em 10% dos pacientes. No comprometimento mitral as mulheres são mais freqüentemente afetadas que os homens.
Outras estruturas ricas em fibras elásticas também sofrem alteração com a síndrome, como os ligamentos que se tornam mais flácidos e frágeis. A flacidez nos ligamentos articulares provoca uma hipermobilidade articular e a uma perda de contenção do crescimento dos ossos. Desta forma, eles crescem demais e deformam-se. Por sua vez, o ligamento de sustentação do cristalino, que nesta síndrome é frágil, leva à mobilidade da lente (subluxação) podendo até romper-se (luxação).
Os exames oftalmológicos regulares são vitais para descobrir e corrigir todos os problemas da visão. Na maioria de casos óculos ou lentes de contacto podem corrigir o problema. Entretanto, a cirurgia pode ser necessária em alguns casos. Análises regulares e os ecocardiogramas ajudam a avaliar o tamanho da aorta e a maneira que o coração está trabalhando. Quanto mais cedo problema potencial é identificado e tratado, mais baixo o risco de complicações que ameacem a vida. Aqueles com problemas do coração devem usar uma pulseira de aviso médico e procurar atendimento de emergência se sentirem dores no peito, costas, ou abdome. Alguns problemas da válvula do coração podem ser controlados com medicamentos, tais como o betabloqueador que pode ajudar diminuir o stress na aorta. Entretanto, a cirurgia para substituir uma válvula ou para reparar a aorta pode ser necessária.
Os pacientes de Marfan geralmente são medicados com betabloqueadores de forma a diminuir a frequência cardíaca e o inotropismo do coração (força de contracção). Em caso de aneurisma da aorta, recorre-se a intervenção cirúrgica. É ainda importante que o paciente seja alertado para a importância de uma correcta higiene oral, de forma a prevenir a entrada de bactérias por essa via e evitar assim complicações como endocardites.
A Sindrome de Marfan, também conhecida como Aracnodactilia, é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos. A doença também afeta outras estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração, o os vasos sanguíneos, mas de maneira menos óbvia. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896.
Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular, entre outras. Muitos dos indivíduos afectados têm alterações das válvulas cardíacas e dilatação da aorta. As complicações cardiovasculares mais importantes em termos de risco de morte são os aneurismas da aorta e as dissecções da aorta. A prevalência é de aproximadamente 1 em 5000 indivíduos.
Diagnóstico
As principais manifestações clínicas da Síndrome de Marfan concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada,escoliose, braços e mãos alongados e deformidade torácica; o cardiovascular, caracterizado por alterações da válvula mitral e dilatação da artéria femural; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. Esta capacidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia. Entre as manifestações clínicas, destacam-se as mais potencialmente fatais: os aneurismas e dissecções da aorta.A válvula mitral encontra-se localizada entre o ventrículo e o átrio esquerdos e sua função é deixar passar adiante o sangue na direção do ventrículo esquerdo e não permitir seu retorno ou refluxo ao átrio.
Na Síndrome de Marfan, a válvula mitral, freqüentemente, se apresenta alterada, espessada, redundante e com prolapso de parte dela para o interior do átrio esquerdo. Este prolapso pode levar a disfunção importante da válvula com vazamento ou refluxo significativos. Estas alterações são avaliadas através do exame clínico e do ecocardiograma e são passiveis de correção cirúrgica. Uma possível complicação do prolapso valvar mitral é a endorcadite, ou seja, a infecção bacteriana da própria válvula mitral, motivo pelo que se recomenda a profilaxia para endocardite através da administração de antibióticos antes de alguns procedimentos médicos como uma extração dentária ou outras cirurgias, daí a importância de um tratamento conjunto com o cirurgião-dentista e o cardiologista.
Alterações dentofaciais
O paciente portador de Marfan deve tomar mais cuidado com a higiene oral pois é mais suscetível a cáries e periodontites. O tecido conjuntivo é afetado, provocando alterações na arcada e no palato.Isso afeta diretamente os dentes e suas funções. O palato (região do céu da boca) em forma de V, provoca apinhamento dental,mordida cruzada e, comumente, desvio do alinhamento normal. Há maior ocorrência de maloclusão classe II. Os portadores da síndrome de Marfan têm as maxilasestreitas e palato ogival. Estes formatos podem criar problemas dentais e ortodônticos. Para uma eficaz correção dos dentes, deve-se informar ao dentista ser portador da síndrome.A prevenção de cárie e doença periodontal torna-se primordial, desde a boa escovação, uso de fio dental, bochechos com flúor e a troca freqüente de escovas. Isso porque as bactérias se alojam na escova, causando risco de infecção gengival e até mesmo endocardite. Embora o portador da Síndrome de Marfan necessite de cuidados especiais, nada impossibilita o tratamento odontológico.
Genética da síndrome
As principais informações médicas a respeito dão conta que a base genética na maioria dos casos consiste na mutação de um gene situado no cromossomo 15, a fibrilina, ou gene FBN1, importante componente na formação das fibras elásticas. Sua produção anormal resulta em fibras elásticas anormais produzindo as alterações que caracterizam a síndrome. Estas mutações podem ser encontradas em 90% dos indivíduos que preenchem os critérios de diagnóstico clínico. Alternativamente, foram descritas mutações nos genes TGFBR2 e TGFBR1 nestes indivíduos. No caso destes dois genes, o quadro clínico pode ser um pouco diferente e inclui a síndrome de Marfan tipo 2 e a síndrome de Loeys-Dietz (aneurisma aórtico). Problemas cardio-vasculares estão presentes na maioria dos pacientes, sendo a lesão da aorta a principal manifestação. Esta pode apresentar-se em seus primeiros sinais por dilatação da raiz da aorta e do seu anel, no local de origem da artéria no coração, levando à insuficiência aórtica progressiva. Estas alterações favorecem a dilatação das cavidades cardíacas esquerdas, cuja estrutura interna que dá sustentação ao músculo cardíaco é também afetada.A aorta é rica em fibras elásticas. Estas fibras têm uma distribuição uniforme por toda a circunferência da aorta e está entremeada por grande número de fibras musculares e discreta matriz de sustentação. Uma das complicações da síndrome de Marfan é a dissociação de suas estruturas com separação da sua parede em duas paredes finas, formando um lúmen paralelo com desvio e grande prejuízo da circulação. Isto ocorre em 36% dos casos, independente da dilatação aórtica, pondendo apresentar-se como primeira manifestação da doença, sendo mais frequente na porção inicial da aorta (porção ascendente). A válcula mitral apresenta seus componentes de aspecto alongado e redundante, podendo haver calcificação com endurecimento do anel valvar em 10% dos pacientes. No comprometimento mitral as mulheres são mais freqüentemente afetadas que os homens.
Outras estruturas ricas em fibras elásticas também sofrem alteração com a síndrome, como os ligamentos que se tornam mais flácidos e frágeis. A flacidez nos ligamentos articulares provoca uma hipermobilidade articular e a uma perda de contenção do crescimento dos ossos. Desta forma, eles crescem demais e deformam-se. Por sua vez, o ligamento de sustentação do cristalino, que nesta síndrome é frágil, leva à mobilidade da lente (subluxação) podendo até romper-se (luxação).
Tratamento e alertas
Embora não haja nenhuma cura para a síndrome de Marfan, há muitas opções para controlar os sintomas. Porque a síndrome de Marfan é rara, é importante encontrar um médico que seja conhecedor sobre a circunstância. Durante a examinação física inicial, um histórico médico detalhado e de família será feito junto com a medida da altura, o exame do olho e um electrocardiograma. Uma avaliação esquelética anual para detectar todas as mudanças na coluna ou no esterno é conduzida tipicamente. Esta avaliação é particularmente importante durante o período de elevado crescimento do adolescente. Uma anomalia grave não só desfigura mas pode também impedir que o coração e os pulmões funcionem correctamente. Em alguns casos, uma cinta ou uma cirurgia ortopédica podem ser recomendadas a fim de limitar os danos.Os exames oftalmológicos regulares são vitais para descobrir e corrigir todos os problemas da visão. Na maioria de casos óculos ou lentes de contacto podem corrigir o problema. Entretanto, a cirurgia pode ser necessária em alguns casos. Análises regulares e os ecocardiogramas ajudam a avaliar o tamanho da aorta e a maneira que o coração está trabalhando. Quanto mais cedo problema potencial é identificado e tratado, mais baixo o risco de complicações que ameacem a vida. Aqueles com problemas do coração devem usar uma pulseira de aviso médico e procurar atendimento de emergência se sentirem dores no peito, costas, ou abdome. Alguns problemas da válvula do coração podem ser controlados com medicamentos, tais como o betabloqueador que pode ajudar diminuir o stress na aorta. Entretanto, a cirurgia para substituir uma válvula ou para reparar a aorta pode ser necessária.
Os pacientes de Marfan geralmente são medicados com betabloqueadores de forma a diminuir a frequência cardíaca e o inotropismo do coração (força de contracção). Em caso de aneurisma da aorta, recorre-se a intervenção cirúrgica. É ainda importante que o paciente seja alertado para a importância de uma correcta higiene oral, de forma a prevenir a entrada de bactérias por essa via e evitar assim complicações como endocardites.
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